Seleção bate o Peru com tédio
Não sei se você concorda, mas a seleção me pareceu entediada no jogo com o Peru, na noite desta quinta-feira (9), no Recife. Fez 2 a 0 sem muito esforço, ainda no primeiro tempo, e depois esperou o tempo rolar. A segunda parte deu a sensação de ter uma eternidade, de tão displicente que foi o time brasileiro.
Também não era para menos. Os peruanos não incomodaram em nenhum momento. Weverton apareceu uma ou duas vezes para reposição de bola, fora a hora do hino, quando os times estavam perfilados. Ele e os zagueiros só devem ter molhado um pouco o uniforme por causa da temperatura ambiente.
A rapaziada de Tite passa a impressão de que não aguenta mais enfrentar adversários da América do Sul. Vire e mexe topa com velhos conhecidos, como ocorreu recentemente na disputa da Copa América. Não tem nem graça, tal a diferença em relação aos demais neste momento. Não é por acaso que tem 8 vitórias em 8 apresentações, 24 pontos e passaporte carimbado para o Catar.
A exceção seria o duelo com a Argentina. Mas, como sabemos, o jogo foi suspenso no domingo por questões sanitárias. Como disse o amigo Vitor Guedes, do jornal “Agora SP”, se a Anvisa aparecesse esta noite em Pernambuco ninguém iria reclamar. Na boa, o jogo foi osso duro de roer.
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Para não pensarem que estou de má vontade, destaco o primeiro tempo, em que houve alguns lances interessantes, sobretudo saídos dos pés de Neymar. Ele buscou o jogo, muitas vezes na intermediária brasileira, e atuou como um armador. A tentativa era a de procurar Everton Ribeiro e Gabigol.
Essas tentativas resultaram em algumas finalizações e nos dois gols; o primeiro, de Everton Ribeiro, aos 14 minutos, e o segundo do próprio Neymar, aos 39. Fora isso, houve algumas tramas interessantes, em contragolpes e jogadas pelos lados.
Tite viu que a situação era sossegada demais e, na etapa final, colocou uma penca de convocados que tiveram pouca ou nenhuma chance nestas datas oficiais de jogos para o Mundial. Por isso, entraram Daniel Alves, Bruno Guimarães, Edenilson, Hulk e Matheus Cunha. Não mudou nada, mas mexeu no banco de reservas.
A segunda parte das Eliminatórias sul-americanas tende a ser uma monotonia para a seleção brasileira. A distância é enorme em relação aos outros concorrentes. A Argentina é vice-líder com 18, o Uruguai tem 15 (mas em 9 jogos) e o Equador 13 (também em 9). Os outros não aparecem nem com o uso de lanternas.
Um desperdício de talentos…
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