Corinthians reage, com vitória segura sobre um meia Boca
A sapecada no clássico com o Palmeiras aconteceu no sábado (23), ainda doía e foi levada pelos corintianos para Itaquera, na noite desta terça-feira (26). Dentro de campo e nas arquibancadas havia temor de que ocorresse nova escorregada, agora para o Boca Juniors. Rival conhecido, manjado, batido no momento histórico da conquista da Conmebol Libertadores em 2012, e que provocou desclassificação polêmica na de 2013. A rapaziada de Vítor Pereira (com COVID-19) não podia pisar na bola. Não mesmo.
Os piores receios foram afastados com autoridade, maturidade e garra. E o Boca levou um chega-pra-lá sem contestação, com 2 a 0, obra de gols de Maycon. O moço, aliás, foi o melhor em campo, por mandar a bola para as redes, evidentemente; mas por ter sido uma coluna de sustentação no meio campo. Jogou muito - como foi muito bem toda a equipe, esperta, ligada, nervosa. Bem diferente daquele grupo batido sem resistência no clássico paulista de fim de semana.
A prova de que não haveria espaço para os argentinos se fartarem na Neo Química Arena veio desde a primeira disputa de bola, se afirmou com o primeiro gol de Maycon, logo aos 5 minutos, em lance que teve participação de Renato Augusto e Fagner (no cruzamento para a área). A vantagem era o que faltava para recuperar a confiança esquecida na volta de Barueri ao Parque São Jorge na noite de sábado.
O Corinthians domou o Boca e, mesmo sem criar muito mais, não se viu ameaçado. Só teve um deslize: em determinado momento, quase embarca na pilha do nervosismo, o que lhe valeu quatro cartões amarelos. E, no segundo tempo, João Vitor tomou outro, de bobeira. Depois, acalmou. A ponto de ninguém se descontrolar com reação do Boca, que na prática não passou de marolinha. Quando o argentinos sonhavam com o empate, veio o segundo de Maycon, aos 33 do segundo tempo e fim de conversa. O que poderia ser uma jornada trágica virou noitada épica.
Nem sempre o time terá intensidade semelhante - porque é difícil e desgasta. Vítor Pereira, mesmo a distância, percebeu e fez mudanças, como Paulinho no lugar de Renato Augusto, Róger Guedes na vaga de Jô e Mosquito por Willian. Será a tônica da temporada: os veteranos são bons e importantes, mas nem todos conseguem sustentar alta rotação num mesmo jogo. O desafio do técnico é encontrar a dose certa para cada um - ou, para ficar em termo da moda, o tempo exato de 'minutagem' que as principais peças suportam.
Ufa, que peso o Timão tirou das costas. E em cima de um Boca famoso, tinhoso, porém meia-boca. Azar dele.
Corinthians reage, com vitória segura sobre um meia Boca
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