Palmeiras na Libertadores-22 é sinônimo de show, gols, recordes
O Palmeiras tem sido um deboche na edição de 2022 da Taça Libertadores. Tomo emprestada a expressão consagrada pelo narrador e amigo João Guilherme porque é, até o momento, a que resume melhor a trajetória do tricampeão. A rapaziada de Abel Ferreira pulverizou adversários em seis jogos, com 25 gols marcados e apenas 3 sofridos. Um dos raros clubes a vencer todas as partidas da fase de grupos, e agora recordista em número de gols e de saldo. Forte candidato a outro título.
A objeção de qualquer “anti” mais desavisado fala em “grupo fácil”, como forma de desmerecer a proeza de um time que, nos últimos anos, tem dominado o torneio continental com folga. Sim, é fato que os rivais estão abaixo do nível palestrino. Mas pergunto ao amigo que lê estas linhas: há, hoje em dia, alguma equipe que esteja acima? Flamengo, Atlético-MG, River, para citar três fortes concorrentes, também têm justas pretensões. Porém, não superam o atual dono da América e todas foram eliminadas pela tropa alviverde, em 2020 ou em 2021. Ficaram para trás.
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O Palmeiras é melhor e mostra sabedoria, profissionalismo e atenção porque sabe aproveitar-se disso. Quantas vezes um favorito não fica pelo meio do caminho por desprezar os demais, por baixar a guarda? O próprio Palmeiras, e em Libertadores passadas, pagou o caro preço por vacilar. Sob a batuta de Abel Ferreira tem sido cirúrgico quando necessário (lembro as semifinais e a final de 21) e esbanjador, como em várias apresentações nos três anos de intenso brilho.
Como na noite desta terça-feira (24/5), ao receber o Deportivo Táchira, no Allianz Parque. Não houve meio de os venezuelanos sequer colocarem as mangas de fora e tentarem uma proeza. O Palmeiras dominou do início ao fim, fez dois gols em cada tempo e confirmou a condição de melhor campanha desta etapa. Scarpa fez os dois iniciais (um frangaço do goleiro e uma cobrança de pênalti), Rony marcou o terceiro aos 11 minutos e Scarpa fechou a conta aos 22, também de pênalti. Entre dois gols e outros, Gutierrez descontou para o eliminado Deportivo.
Abel não está para brincadeira na Libertadores. Por isso, mais uma vez largou com o que tinha de melhor à disposição, exceto Danilo e Veiga (com Covid). Sinal claro do treinador português de que a liderança geral era prioridade, assim como a confirmação dos recordes. Scarpa foi o dono do jogo, pelos gols, movimentação, finalizações; outra peça fundamental no esquema. Navarro merece menção honrosa, bem como o goleiro Weverton, com duas excelentes defesas.
A partir do mata-mata é outra conversa. Claro que há riscos para o Palmeiras. O mesmo raciocínio vale para os demais, ora bolas. O tri consecutivo pode não vir - e é do jogo. Mas que esse grupo tem perfil de fazer história, ah isso tem. E já provou.
Palmeiras na Libertadores-22 é sinônimo de show, gols, recordes
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