Copa do Mundo: Brasil tem grupo mais difícil que o de 2018; saiba por que e veja o que mudou em Suíça e Sérvia desde então

André Donke
André Donke

O grupo que o Brasil precisará superar na busca pelo sexto título mundial ficou muito parecido com o que encarou na Rússia, quando as bolinhas colocaram Suíça e Sérvia em seu caminho na Copa do Mundo, duas equipes que evoluíram nos últimos quatro anos. Na única presença diferente, Camarões de 2022 não vive seus melhores dias (assim como a Costa Rica de 2018), mas tem alguns jogadores mais talentosos e vem de uma classificação heroica. De qualquer forma, a seleção brasileira é bem favorita a terminar na liderança da chave.

Desde que arrancou pontos do Brasil em 2018, a Suíça cresceu e ganhou ainda mais ‘casca’ em jogos grandes. Seminifinalista da primeira edição da Uefa Nations League em 2018-19, a seleção fez uma excelente Eurocopa, eliminando a favorita França nas oitavas e fazendo um jogo duríssimo contra a Espanha, que só passou pelas quartas nas penalidades.

Recentemente, os suíços foram líderes de sua chave nas eliminatórias, mandando a Itália para a repescagem e sem perder nos dois confrontos diretos diante dos atuais campeões europeus (dois empates).

Além disso, os últimos anos mostraram que a seleção deixou de ter apenas uma defesa muito forte e tem tido repertório. Um exemplo disso é que na soma dos dois duelos com os italianos, os suíços finalizaram um total de 18 vezes, três a menos do que seu rival. Inclusive concluíram mais vezes no alvo (9 a 7).

Ainda que individualmente não existam nomes que chamem mais atenção em relação ao time de quatro anos atrás, trata-se de uma equipe que se mostrou forte coletivamente mesmo depois de ter ficado no 1 a 1 com o Brasil em solo russo.

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Já no caso da Sérvia, o perigo se dá também pelo crescimento individual de algumas peças, duas em específico.

Dusan Tadic trocou o Southampton pelo Ajax justamente no meio de 2018, época em que ocorreu a Copa na Rússia. Desde então, ele virou um dos protagonistas do time holandês que foi semifinalista de Champions em 2018-19 e inclusive teve uma atuação monumental na goleada sobre o Real Madrid, em pleno Santiago Bernabéu, e acabou como 20º melhor do mundo na eleição da Bola de Ouro de 2019.

Sua regularidade segue assustadora no Ajax, uma vez que registra 63 gols e 59 assistências em 120 jogos no Campeonato Holandês desde que foi para o clube de Amsterdã. Pela seleção, ele fez gol e deu assistência na emblemática vitória em Portugal que colocou sua seleção na Copa e mandou Cristiano Ronaldo e cia. para a repescagem.

Já Dusan Vlahovic estava trocando o Partizan Belgrado pela Fiorentina em 2018 e só estrearia pela seleção sérvia mais de dois anos depois. Porém, seu progresso foi muito rápido e, hoje, ele é um dos principais nomes da Juventus, sendo o artilheiro da atual edição do Campeonato Italiano com 21 gols ao lado de Ciro Immobile.

O setor ofensivo ainda conta com Filip Kostic, um talentoso ala/meia/ponta esquerda, com enorme capacidade técnica, que há três anos brilha na Bundesliga com a camisa do Eintracht Frankfurt. 

Ah, e não se pode esquecer de Aleksandar Mitrovic, um centroavante mais rústico que é o maior artilheiro da história da seleção sérvia e vive uma temporada surreal com 35 gols no mesmo número de jogos na Championship (a segunda divisão da Inglaterra) pelo Fulham; ninguém passa de 23 gols na competição.

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Na única mudança entre o grupo E da Copa de 2018 para a chave G do Mundial de 2022 está a entrada de Camarões na vaga da Costa Rica. Os africanos estão longe de ter sua melhor geração, mas são o país que mais vezes representou o continente no torneio – vai para sua oitava participação, duas a mais do que Tunísia, Marrocos e Nigéria.

Vindo de um terceiro lugar na Copa Africana de Nações, Camarões deixou Costa do Marfim pelo caminho nas eliminatórias e depois superou nos playoffs de forma dramática a Argélia, do ótimo Mahrez, do Manchester City,  e uma das principais do continente. Seu elenco ainda conta com alguns nomes interessantes, como o volante André Zambo Anguissa (Napoli), o atacante Karl Toko Ekambi, que tem 13 gols pelo Lyon na temporada e definiu nos acréscimos da prorrogação a classificação ao Mundial, assim como o zagueiro Joel Matip, do Liverpool, e o goleiro André Onana, de saída do Ajax e ligado à Inter de Milão. 

Apresentação da Suíça durante sorteio dos grupos da Copa do Mundo 2022
Apresentação da Suíça durante sorteio dos grupos da Copa do Mundo 2022 EFE/EPA/LAURENT GILLIERON

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Real Madrid x Barcelona: Um dos melhores zagueiros do mundo, Araújo se reafirma como lateral enorme em dia de El Clásico

André Donke
André Donke

O Barcelona sofreu diante do Real Madrid no Santiago Bernabéu nesta quinta-feira, mas conseguiu uma vitória por 1 a 0, pela ida da semifinal da Copa do Rei, graças a uma atuação defensiva monumental.

Sem Robert Lewandowski, Pedri e Ousmane Dembélé, o time viu o Real Madrid ter mais do triplo de finalizações (13 x 4) e jogou no seu campo de defesa o segundo tempo inteiro, mas foi impecável na execução de uma partida ultradefensiva. Com 35,4%, os catalães tiveram sua posse de bola mais baixa em todos os jogos de todas as competições nas últimas oito temporadas.

Individualmente falando, Ronald Araújo registra mais uma atuação enorme em El Clásico – e mais uma como lateral-direito.

Vinicius Jr. encara a marcação de Araújo durante el Clásico
Vinicius Jr. encara a marcação de Araújo durante el Clásico OSCAR DEL POZO/AFP via Getty Images

Nos quatro duelos anteriores com o Real Madrid em sua carreira, o uruguaio somou duas vitórias e duas derrotas, sendo que os triunfos foram com ele atuando de lateral, ocasiões em que sua equipe sofreu apenas um gol. Nesta quinta, o defensor foi peça fundamental para que os catalães saíssem sem serem vazados e sem levarem uma finalização no alvo sequer, ainda que o Real tenha concluído muito mais.

Naturalmente, Jules Koundé tem até mais vocação para atuar no lado do campo do que Araújo, mas a inversão faz todo o sentido quando o seu adversário tem ninguém menos do que Vinicius Jr. na ponta esquerda. Foi com o uruguaio do lado do campo, neutralizando o brasileiro e subindo pouco ao ataque, que o Barça aplicou 4 a 0 no Santiago Bernabéu em LaLiga passada. E foi dessa mesma forma que ele mais uma vez impediu uma grande atuação do camisa 20 merengue.

Araújo, muitas vezes, via até algum meio-campista do Barça fechando mais à direita dele na fase defensiva, quando Vini Jr. vinha mais por dentro. O uruguaio tentou sempre estar próximo do brasileiro e praticamente não desceu ao campo de ataque, o que ocorreu com praticamente todo o time dos visitantes depois do intervalo. Nas estatísticas, ele terminou o clássico com dois chutes bloqueados (líder da partida ao lado de Busquets).

É bem verdade que a atuação defensiva do Barça não se limita a Araújo, uma vez que Alejandro Balde (vice-líder do time em duelos vencidos, com seis), Jules Koundé (líder do jogo em rebatidas, com 11), Marcos Alonso (líder do jogo em duelos aéreos vencidos ao lado de Nacho, com quatro), Sergio Busquets (líder do Barça em recuperações de bola, com dez) e Frenkie de Jong (líder do Barça em duelos vencidos, com seis, e líder do time em desarmes, com três) também foram brilhantes sem a bola. No entanto, o destaque em específico a Araújo se dá pela repetição de uma improvisação que, novamente, funciona muito bem.

Apesar do risco grande de se jogar de uma forma tão defensiva como ocorreu no Bernabéu (algo quase impensável para a identidade do Barça) e com ausências tão importantes, a entrega da equipe de Xavi a fez levar uma vantagem importante para o Camp Nou.

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Prêmio a Messi não surpreende, mas Benzema merecia mais

André Donke
André Donke

Prêmios individuais são sempre subjetivos, ainda que se tenha critérios padronizados na hora de escolher alguém. É até por isso que entendo a escolha de Lionel Messi como vencedor do prêmio The Best nesta segunda-feira, há bons argumentos para isso. Porém, na minha visão, Karim Benzema merecia mais. O atacante francês foi protagonista mais vezes e foi mais regular do que o argentino ao longo de 2022.

A grande história do futebol mundial no último ano foi a conquista da Argentina de seu terceiro título da Copa, o primeiro de Lionel Messi, que fez um torneio monumental, mas isso diz respeito a sete jogos – a apenas seis, para falar a verdade, considerando que ele não foi bem na estreia na derrota para a Arábia Saudita.

A temporada 2021-22 do camisa 10 não foi brilhante, e o início da campanha atual no futebol de clubes (segundo semestre de 2022) não é algo tão impactante na escolha, uma vez que títulos não foram definidos, somente jogos de campeonatos nacionais e fases de grupos de torneios continentais.

Benzema festeja gol do Real Madrid contra o PSG de Messi
Benzema festeja gol do Real Madrid contra o PSG de Messi GABRIEL BOUYS/AFP via Getty Images

Benzema, por sua vez, foi protagonista em toda a Champions passada, marcando em todos os jogos das oitavas, quartas e semis. E não se trata de qualquer Champions, foi a edição com o roteiro mais épico de um campeão, com o Real Madrid conseguindo virada épicas para cima de três adversários pesados: Paris Saint-Germain, Chelsea e Manchester City.

Sua regularidade foi comprovada com os 44 gols e 15 assistências em 46 jogos pelo time espanhol na campanha passada, sendo artilheiro de LaLiga e da Champions. Não jogou a Copa do Mundo por lesão e acabou, por isso, sem o prêmio que certamente seria entregue a ele, caso a Fifa não tivesse decidido mudar o período de avaliação por conta da realização do Mundial no Catar em novembro e dezembro.

É verdade que o grande feito de um jogador em 2022 foi o de Messi, mas isso não deveria ser o definitivo na escolha do melhor jogador do mundo, o que acabou ocorrendo. Tal cenário foi refletido também na escolha de Emiliano Martínez como melhor goleiro, ainda que o ano de Thibaut Courtois tenha sido bem superior que o do argentino, individualmente falando.

Na cota dos prêmios atribuídos sob a influência da Copa, o único que eu pessoalmente manteria é o de Lionel Scaloni, por reconhecer não apenas o brilhante e corajoso Mundial que fez, sem medo de mudar seu time e buscar soluções, mas também por todo o processo que o treinador conduziu, chegando a alcançar uma invencibilidade de 36 partidas. Scaloni é o treinador que encerrou o jejum de 28 anos e construiu uma equipe sólida para um país que nos últimos anos sempre teve talento, mas nunca um time sólido como o atual. 

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Aconteceu de novo! As duas maiores atuações da vida de Vini Jr. foram contra o Liverpool

André Donke
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Uma noite de mata-mata na Uefa Champions League diante do Liverpool. Foi neste cenário que Vinicius Jr. vivenciou suas duas melhores atuações da vida, sem incluir a decisão da edição passada, quando fez o gol que determinou a vitória do Real Madrid por 1 a 0, assegurando a 14ª conquista dos merengues.

O camisa 20 anotou dois gols e deu uma assistência na goleada por 5 a 2 em Anfield nesta terça-feira, participando diretamente de três gols na partida, um feito que ocorreu apenas outras quatro vezes desde que chegou ao Real. Em uma delas, ele foi além, com três gols e uma assistência diante do Levante, em maio de 2022, por LaLiga.

Vale destacar que o brasileiro também teve participação indireta em outro gol em Anfield, ao sofrer a falta que originou o gol de Eder Militão, após cobrança de Luka Modric.

Vinicius Jr. comemora durante vitória do Real Madrid sobre o Liverpool
Vinicius Jr. comemora durante vitória do Real Madrid sobre o Liverpool Getty Images

Mais do que os números em si, há também o fato de Vini ser hoje o protagonista do Real Madrid nesta temporada, algo que acaba por potencializar a sua atuação desta terça. Karim Benzema vinha sendo a principal referência técnica no time ‘pós-Cristiano Ronaldo’, mas houve a passagem de bastão nesta campanha. Dessa forma, o brasileiro nunca teve um status tão grande como o atual no elenco madrilenho, e se mostrou à altura de tal papel.

Além disso, dois outros fatores são determinantes para que essa seja uma das maiores atuações da carreira dele. Primeiramente, o tamanho do jogo: Real Madrid x Liverpool foram finais de Champions em duas das cinco últimas edições do torneio. Em segundo lugar, o contexto do jogo. Diante de um Liverpool embalado por duas vitórias seguidas na Premier League, o Real ainda viu o adversário abrir 2 a 0 com apenas 14 minutos de bola rolando.

Considerando o impacto do brasileiro no jogo, aliado ao tamanho da partida, do adversário e o cenário adverso que se desenhou, essa foi uma das duas grandes atuações de Vini na carreira, assim como o 3 a 1 sobre o mesmo Liverpool na ida das quartas de final da Champions 2020-21, confronto no qual marcou duas vezes.

Naquela ocasião, o Liverpool era o time que tinha vencido a Premier League na temporada anterior. Do outro lado, estava um Real que ainda se recuperava da saída de Cristiano Ronaldo. O trio lendário de meio-campistas (Casemiro, Kroos e Modric) seguia por lá, mas o brasileiro ainda não era o jogador que é hoje, e Benzema, embora já fosse o protagonista no ataque, não era o jogador que se mostraria na temporada 2021-22.

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Ex-auxiliar de Mourinho e lenda do United, Michael Carrick vira técnico sensação na Inglaterra

André Donke
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Michael Carrick ficou por mais de 15 anos ininterruptos no Manchester United até deixar o clube no fim de 2021, quando renunciou ao posto de auxiliar técnico, tendo trabalhado nas comissões de Ole Gunnar Solskjaer e José Mourinho. Foram mais de três anos na função, que sucederam os 12 como jogador dos Red Devils.

O ex-meio-campista pendurou as chuteiras após uma carreira de 481 jogos na Premier League - o 18º que mais partidas disputou na história da competição. Pelo United, clube que defendeu como atleta entre 2006 e 2018, foram 464 partidas, cinco títulos do Campeonato Inglês, uma Uefa Champions League, entre outros. Ele, inclusive, foi o capitão do time em sua última temporada como jogador profissional.

Com essa belíssima história em Old Trafford no passado, o ex-meio-campista de 41 anos iniciou um novo capítulo profissional há menos de quatro meses, ao assumir o Middlesbrough no fim de outubro de 2022. O início na primeira oportunidade como técnico principal não poderia estar sendo melhor.

São 28 pontos somados em 16 partidas disputadas na Championship desde a sua estreia, o que representa a melhor pontuação entre qualquer um dos times da liga no período. Vale ressaltar que o Burnley somou as mesmas 37 unidades no intervalo, mas tem dois jogos menos, e o Sheffield United fez 35 pontos em 15 confrontos realizados.

Michael Regan/Getty Images
Michael Regan/Getty Images Michael Carrick comemorando vitória do Middlesbrough

O Boro tem 12 vitórias, um empate e três derrotas sob o comando de Carrick, sendo que o último triunfo veio nesta quarta-feira, superando o vice-líder Sheffield United por 3 a 1, fora de casa. São quatro vitórias seguidas na competição, sequência que faz o Middlesbrough ocupar a terceira colocação, algo pouco provável no momento em que Carrick assumiu - o time figurava na 21ª posição e só não estava na zona de rebaixamento por conta da vantagem que tinha no número de gols marcados.

No recorte com Carrick, o Boro ainda tem o melhor ataque com 34 gols marcados, dois a mais do que o Burnley. Destaque para o meia-atacante Chuba Akpom, que marcou 13 gols no período, cinco a mais do que qualquer outro nome da Championship. Ao todo, ele soma 17 bolas nas redes e é o artilheiro com quatro de vantagem para Viktor Gyökeres, seu principal perseguidor.

Com essa arrancada após a chegada do jovem treinador, o Middlesbrough sonha em retornar à Premier League, a qual não disputa desde a temporada 2016-17. O melhor desempenho na Championship nas últimas cinco campanhas foi em 2017-18, quando terminou em quinto e caiu na semifinal dos playoffs.

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Entrada de Mbappé muda o jogo, mas os diversos problemas deixam PSG outra vez em situação complicada na Champions

André Donke
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O Bayern de Munique, que não tem um jogador como Lionel Messi, Kylian Mbappé ou Neymar, abriu uma importante vantagem por 1 a 0 no Parque dos Príncipes diante do Paris Saint-Germain nas oitavas de final da Uefa Champions League. Foi a quinta derrota dos franceses na temporada, todas após a Copa do Mundo, período em que a queda do time foi significativa.

O placar representa um cenário fiel do futebol atual, no qual a coletividade é algo cada vez mais importante. Ainda que o time alemão não tenha as principais individualidades do confronto, é uma equipe muito mais pronta, algo que demonstrou na maior parte do duelo desta terça-feira.

A primeira etapa foi completamente dominada pelos visitantes em Paris, com uma marcação alta, que impossibilitou o PSG de frequentar o setor ofensivo. Ainda que a vantagem dos bávaros na posse de bola no período tenha sido de 57,9%, o número foi de 78,3% de posse no campo de ataque.

Os franceses se limitaram a uma finalização na etapa inicial: uma falta cobrada por Messi na barreira, aos 46 minutos. Já a equipe alemã, ainda que tenha estado longe de sua melhor atuação e com dificuldade em criar situações reais de gol, foi dominante, indo ao intervalo com dez finalizações, A situação poderia até ter sido melhor, caso não fosse a monumental atuação de Sergio Ramos.

Jogadores do Bayern comemoram gol de Coman diante do PSG
Jogadores do Bayern comemoram gol de Coman diante do PSG Getty Images

Depois de o Bayern ter aberto o placar com apenas oito minutos do segundo tempo com Coman – ex-jogador do PSG e autor do gol do título dos bávaros diante dos parisienses na final de 2019-20 -, o PSG cresceu no jogo, muito por conta de Kylian Mbappé.

O atacante foi a campo aos 12 minutos do segundo tempo, quando o time francês tinha apenas duas finalizações – a equipe terminaria com nove. Sua capacidade de explorar a defesa alta incomodou demais um Bayern que já tinha um Benjamin Pavard amarelado e que inclusive acabou evitando o duelo individual com Mbappé. Mais do que isso, os visitantes se viram acuados e com dificuldade de ter a bola, tanto que o PSG registrou 50,3% de posse na etapa final.

O camisa 7 teve um gol anulado por um impedimento mínimo e foi importante para que o PSG transformasse uma atuação decepcionante em quase um empate. O placar final não foi injusto, assim como um 1 a 1 também não seria, algo então inimaginável para o que foi visto até os 60 primeiros minutos de partida.

No fim, o PSG concedeu 18 finalizações e viu novamente a vulnerabilidade de sua defesa, algo que já tinha sido exposto recentemente, por exemplo, contra o Stade Reims e na derrota por 3 a 1 para o Monaco no último final de semana, ocasião em que Gianluigi Donnarumma evitou uma goleada. Aliás, por falar no goleiro, mais uma vez uma falha dele nas oitavas de final – na temporada passada, um erro do italiano acabou sendo determinante na remontada do Real Madrid.

Outra falha do goleiro italiano em oitavas de Champions e mais uma atuação inconsistente de um time que investiu milhões, mas que em sua era bilionária nunca conseguiu ter a solidez de um Bayern de Munique, que fica perto de ir às quartas de final pela 11ª vez em 12 anos.

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Real Madrid e LaLiga devem posicionamentos e ações mais enfáticas contra racismo sofrido por Vinicius Jr.

André Donke
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Não foi a primeira, a segunda ou a terceira vez que Vinicius Jr. foi alvo de racismo (apenas) nesta edição de LaLiga.  O episódio mais recente ocorreu na derrota do Real Madrid para o Mallorca por 1 a 0, fora de casa, no domingo. Como bem disse o companheiro Renan do Couto no Twitter, em meio a tantos “casos isolados”, quem está isolado é o brasileiro.

Entre uma nota de repúdio e outra, não há mudança, só a dúvida de quando será o próximo episódio. Aliás, no caso mais recente, até a nota de repúdio é lamentável.

Nesta segunda-feira, o Mallorca se posicionou contra "qualquer tipo de insulto ou manifestação racista" e disse que trabalhava na identificação dos responsáveis pelos gritos racistas. Porém, no segundo e último parágrafo da nota, agradece o "comportamento exemplar da nossa torcida na partida contra o Real Madrid", apontando que os gritos racistas foram um "caso isolado".

A maior parte da torcida do Mallorca pode até ter se comportado bem e feito sua festa, mas não se pode apontar isso em uma nota que tem como objetivo a condenação a um ato de racismo. Sem mencionar o fato de que esse comunicado é publicado junto a uma foto dos jogadores comemorando no gramado.

Ainda no campo das notas oficiais, tem um aspecto correto na manifestação de LaLiga, que é o pedido de colaboração dos torcedores. Na luta antirracista, é preciso da indignação popular para que se possa identificar e punir quem comete esse crime.

A revolta com o racismo deveria ser o suficiente para as pessoas ao redor denunciarem qualquer tipo de episódio como o visto no domingo, mas essa infelizmente não parece ser uma realidade. Então deveria haver punições para clubes, seja financeira, com perda de mandos ou pontos, pela ineficiência em localizar os responsáveis por atos criminosos.

E ao que toca aos clubes, o Real Madrid deve ser muito mais enérgico em declarações, em posicionamentos públicos e cobranças a LaLiga por um basta a este cenário de ódio que sofre Vinicius Jr.

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No ESPN FC desta segunda-feira, Gustavo Hofman e Leonardo Bertozzi tocaram de forma cirúrgica neste ponto e lembraram como o presidente Florentino Pérez é influente e como apareceu em público para defender a ideia da Superliga, posicionamento que falta hoje quando Vinicius Jr. é alvo de diferentes casos de racismo, com um deles envolvendo também xenofobia.

Já LaLiga precisa tomar urgentemente medidas mais enérgicas – aliás, o presidente da entidade, Javier Tebas, demonstrou até incômodo quando o brasileiro cobrou posicionamento de LaLiga, falando que o atacante deveria se informar melhor.

A competição tem um plano de crescimento, explicitado com o acordo bilionário com o fundo econômico CVC Capital Partners, que tem como foco em desenvolver globalmente os seus clubes. Em meio a esta ambição, a temática social deveria ser observada com muito mais atenção na competição.

A disponibilidade de tecnologias como reconhecimento facial podem aumentar a capacidade de localizar e reconhecer pessoas que cometam racismo nos estádios. Com um valor tão grande recebido pelos clubes, poderia haver um adendo para iniciativas que visem ao combate ao racismo, seja com programas educativos ou com medidas práticas, contratando funcionários para monitorarem o comportamento dos torcedores nos estádios em dias de jogo ou para dispor de maior número de câmeras no circuito interno.

Já passou da hora de LaLiga, Real Madrid e os clubes de uma forma geral serem muito mais enfáticos no discurso e tomarem medidas práticas para mudar o inadmissível cenário atual. 

Vinicius Jr. durante jogo do Real Madrid em LaLiga
Vinicius Jr. durante jogo do Real Madrid em LaLiga Jose Breton / Getty Images

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30 reforços, 70% dos gols e recorde: o surreal mercado do Nottingham Forest na volta à Premier League

André Donke
André Donke

Na metade de 2022, o Nottingham Forest já havia quebrado o recorde britânico de número de contratações em uma única janela de transferências, ao assinar com 21 novos jogadores para o seu retorno à Premier League, após 23 anos de ausência. O Dundee (2000) e o Livingston (2001) tinham a marca até então, com 19 reforços cada.

Agora, a temporada do Forest chegou a 30 novos nomes depois da chegada de mais nove nomes na janela de inverno da Europa, fechada nesta quarta-feira. O último a assinar, aliás, veio depois do encerramento do período de transferências, uma vez que André Ayew estava sem clube.

O atacante ganês de 33 anos até vai ter no técnico Steve Cooper um rosto conhecido – ele marcou 35 gols em 84 jogos ao lado do treinador no Swansea -, mas vai encontrar um ambiente repleto de novidades. Não à toa, o Forest é o time que mais usou atletas nesta Premier League, com 29 nomes diferentes entrando em campo – Wolverhampton e Chelsea também estão empatados na liderança no quesito.

Ayew chega para ajudar um setor que marcou apenas 16 gols, sendo o terceiro pior ataque da competição. Deste número, apenas cinco foram marcados por atletas que já estavam no elenco na campanha passada: Brennan Johnson (quatro) e Sam Surridge. Os demais 11 gols, ou 68,75% de todos os gols do time na Premier League, saíram dos pés de reforços. São eles: Taiwo Awoniyi (quatro), Morgan Gibbs-White (dois), Cheikhou Kouyaté (um), Serge Aurier (um), Emmanuel Dennis (um) e Lewis O'Brien (um).

Dos 19800 minutos somados por todos os jogadores do Forest nesta Premier League (sem contar os acréscimos das partidas), 12820 foram de jogadores que chegaram nesta campanha - o que representa 64,75%. São 20 os reforços desta temporada que entraram em campo pelo Forest na competição.

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Entre os remanescentes do acesso em 2021-22, chama atenção a maior participação do trio de zagueiros Steve Cook, Scott McKenna e o capitão Joe Worrall, que estão entre os nove nomes com mais minutos dentro do elenco. Agora, eles ganham a concorrência do brasileiro Felipe, ex-Atlético de Madrid, que chega para fortalecer uma equipe que levou 35 gols na liga, menos apenas que os 42 do Bournemouth.

Além deles, o atacante Brennan Johnson (líder em minutos do time na competição) e o meio-campista Ryan Yates também atuam regularmente. E Johnson merece enorme destaque, tendo sido inclusive nomeado ao prêmio de melhor jogador do mês de janeiro, após ter registrado dois gols e duas assistências no período.

Os quatro outros nomes que vieram da temporada anterior e que jogaram a Premier League não chegam a 250 minutos em campo nesta edição do campeonato: Sam Surridge (237), Jack Colback (231), Alex Mighten (7) e Cafú (6). Mighten, inclusive, foi emprestado ao Sheffield Wednesday, da terceira divisão, na última janela.

Outro aspecto que causa enorme surpresa no mercado do Forest é o fato de terem sido contratados quatro goleiros diferentes. O último a chegar foi o multicampeão Keylor Navas, emprestado pelo PSG até o fim da temporada e que chega para assumir o posto do lesionado Dean Henderson, que foi cedido pelo Manchester United no meio de 2022.

Gustavo Scarpa em ação pelo Nottingham Forest
Gustavo Scarpa em ação pelo Nottingham Forest Mike Egerton/PA Images via Getty Images

No começo da temporada, também chegaram o veterano Wayne Hennessey, após ter sido rebaixado com o Burnley, e o jovem Adnan Kanuric, que estava sem clube depois da saída do Sarajevo.

Vale mencionar que o titular da temporada passada, Brice Samba, foi negociado com o Lens, enquanto os reservas Ethan Horvath e Jordan Smith foram emprestados para Luton Town e Huddersfield Town, respectivamente.

Com esse elenco todo mudado ao longo dos meses e agora focado exclusivamente na Premier League, o Nottingham Forest vai em busca da permanência na elite, sendo que está na 13ª posição com 21 pontos, quatro acima da zona de rebaixamento. Seu próximo compromisso é um confronto direto com o Leeds United, em casa. A bola rola às 11h (de Brasília) deste domingo com transmissão pela ESPN no Star+.

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Veja a lista de reforços do Nottingham Forest:

Goleiros: Dean Henderson* (Manchester United), Keylor Navas* (Paris Saint-Germain), Wayne Hennessey (Burnley) e Adnan Kanuric (Sarajevo)

Zagueiros: Moussa Niakhate (Mainz), Willy Boly (Wolverhampton), Loic Bade* (Rennes) e Felipe (Atlético de Madrid)

Laterais: Giulian Biancone (Troyes), Omar Richards (Bayern de Munique), Neco Williams (Liverpool), Renan Lodi* (Atlético de Madrid), Harry Toffolo (Huddersfield) e Serge Aurier (Villarreal)

Meio-campistas: Brandon Aguilera (Alajuelense), Lewis O'Brien (Huddersfield), Jesse Lingard (Manchester United), Orel Mangala (Stuttgart), Cheikhou Kouyaté (Crystal Palace), Remo Freuler (Atalanta), Morgan Gibbs-White (Wolverhampton) Gustavo Scarpa (Palmeiras), Danilo (Palmeiras) e Jonjo Shelvey (Newcastle)

Atacantes: Taiwo Awoniyi (Union Berlin), Chris Wood* (Newcastle), Hwang Ui-Jo (Bordeaux), Andre Ayew (sem clube), Emmanuel Dennis (Watford) e Josh Bowler (Blackpool)

*Atletas que chegaram por empréstimo

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Asensio e Ceballos renascem no Real Madrid e viram peças importantes em recuperação do time na temporada

André Donke
André Donke

A virada de ano para o Real Madrid não foi boa. Vendo o Barcelona abrir vantagem na liderança de LaLiga, sendo derrotado de forma contundente pelo rival na final da Supercopa da Espanha e convivendo com as lesões, o time merengue viu a fase mudar a partir de 19 de janeiro.

Na ocasião, buscou uma virada impressionante para cima do Villarreal fora de casa, após ter levado 2 a 0 e ter sido atropelado pelo rival no primeiro tempo do jogo das oitavas de final da Copa do Rei.

Essa foi a primeira de cinco partidas sem perder dos merengues, que eliminaram o rival Atlético de Madrid nas quartas e ainda venceram Athletic Bilbao e Valencia (rival derrotado nesta quinta-feira por 2 a 0). O único jogo que não venceu foi o empate sem gols com a Real Sociedad, que faz ótima temporada, mas ainda assim a atuação foi boa, com diversas oportunidades criadas pelos mandantes no Santigo Bernabéu. É só um gol sofrido nos últimos quatro compromissos.

O bom momento da equipe de Carlo Ancelotti nas duas últimas semanas se deu em parte pelo renascimento de Dani Ceballos e Marco Asensio, uma dupla que parecia descartada e até com os dias contados, uma vez que o contrato de ambos se encerra no fim da temporada.

Dani Ceballos e Marco Asensio vivem bom momento no Real Madrid
Dani Ceballos e Marco Asensio vivem bom momento no Real Madrid David S. Bustamante/Soccrates/Getty Imag

Ceballos atuou nos últimos cinco confrontos, sendo titular três vezes - até então, tinha jogado em 15 oportunidades na temporada, tendo iniciado apenas quatro partidas. Asensio, por sua vez, também esteve em campo nos cinco duelos mais recentes (titular em dois deles), depois de ter sido escalado nos 11 iniciais em apenas outras quatro oportunidades.

Mais do que a minutagem, ambos têm contribuído demais. Na sequência invicta de cinco jogos do Real, eles somam um gol e duas assistências cada, participando diretamente de menos gols apenas que Karim Benzema (dois gols e duas assistências) e Vinicius Jr. (três gols e uma assistência). Eles também ficam atrás somente da badalada dupla em chances criadas neste período: Benzema (14), Vini (nove), Ceballos (oito) e Asensio (sete).

Em meio à lesão de Tchouameni, Ceballos ainda tem sido importante defensivamente e ajudado na construção do time. Nos minutos finais da vitória sobre o Valencia, até ouviu a torcida cantar o seu nome. Já Asensio tem se mostrado uma boa alternativa a Valverde, com a capacidade de sair da direita e aparecer por dentro muitas vezes. Nesta quinta, ele foi fundamental ao abrir o placar com um golaço no início do segundo tempo, após uma primeira etapa sem brilho dos merengues.

A temporada do Real ainda está longe de encantar, com nomes como Benzema, por exemplo, abaixo do seu potencial e ainda terá três missões pesadíssimas: Liverpool nas oitavas da Champions, Barcelona na semifinal da Copa do Rei e uma desvantagem de cinco pontos para o líder de LaLiga. Apesar disso, o time vive um momento de recuperação na campanha, e em parte pela contribuição de jogadores que pareciam sem tantas perspectivas dentro do elenco.

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Hegemonia, recorde, fim de jejum: o que está em jogo na final Sporting x Porto

André Donke
André Donke

Sporting e Porto decidem o título da Taça da Liga de Portugal neste sábado, às 16h45 (de Brasília), no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria. Em caso de empate, a definição do campeão sairá nos pênaltis. A partida tem transmissão pela ESPN no Star+.

Atual bicampeão, o Sporting vai em busca do seu quinto título na competição e da tentativa de se aproximar dos sete do Benfica, o maior vencedor do torneio. A conquista seria algo ainda mais importante, caso os Leões não consigam uma vaga à próxima Champions League – neste momento, estão sete pontos atrás da zona de classificação após metade do Campeonato Português disputado.

Seria o quinto troféu dos Leões desde a chegada de Rúben Amorim, o que ocorreu há pouco menos de três anos. Aliás, para o treinador, que completou 38 anos de idade nesta sexta-feira, o título representaria o seu tetracampeonato pessoal na Taça da Liga, uma vez que levou o Braga à conquista em 2019-20.

Aquele time do Braga contava com o Galeno, que hoje não é apenas rival de Rúben Amorim na decisão, como também chega como vice-artilheiro do Porto na temporada, com 13 gols. A missão do brasileiro é repetir o título que ganhou com o atual técnico do Sporting há três anos e alcançar um feito inédito para os Dragões, que jamais conquistaram a Taça da Liga.

Otávio e Pedro Porro disputam a bola durante clássico entre Porto e Sporting
Otávio e Pedro Porro disputam a bola durante clássico entre Porto e Sporting Jose Manuel Alvarez/Quality Sport Images

É o troféu que falta para o clube 30 vezes campeão do Português, 18 vezes da Taça de Portugal, duas da Champions League, duas da Europa League, entre outros. A equipe do norte do país perdeu as quatro decisões que disputou: 2009-10 para o Benfica, 2012-13 e 2019-20 para o Braga e 2018-19 para o Sporting, que venceu na ocasião nos pênaltis após arrancar o empate por 1 a 1 nos acréscimos do segundo tempo.

Além do título inédito, um triunfo do Porto também representaria algo enorme para Sérgio Conceição, que se isolaria como técnico com mais troféus à frente do time, deixando Artur Jorge, com oito, para trás. Até o momento, Conceição faturou a Supertaça desta temporada, além das edições de 2019 e 2021, assim como três campeonatos (2018, 2020 e 2022) e duas Taças de Portugal (2020 e 2022).

Ainda que um clássico deste tamanho em uma final seja atraente por si só, há ainda outros elementos que tornam o jogo deste sábado ainda mais especial. 

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Com norueguês em ‘dias de Haaland’ e sequência recorde, Real Sociedad é a grande sensação do futebol espanhol

André Donke
André Donke

A Real Sociedad superou o Rayo Vallecano por 2 a 0, fora de casa, e alcançou sua nona vitória seguida em jogos oficiais, uma sequência que jamais havia alcançado em 113 anos de história. É um feito que ilustra a temporada incrível dos comandados de Imanol Aguacial, que no momento estão na terceira colocação de LaLiga com a mesma pontuação do Real Madrid– embora os merengues tenham duas partidas a menos.

São dez pontos de folga na zona de classificação à Champions League, competição que não disputa desde 2013-14. Além disso, os bascos estão nas oitavas de final da Liga Europa tendo passado como líder de um grupo que contava com o Manchester United e ainda disputarão nesta semana as quartas de final da Copa do Rei contra o Barcelona.

A Real Sociedad não perde desde 3 de novembro, tendo somado nove triunfos e um empate nos dez jogos mais recentes, saindo sem ser vazada em seis ocasiões neste intervalo.

O grande momento tem no setor ofensivo como justificativa, afinal, o time de San Sebastián tem 28 gols marcados em LaLiga, ficando atrás apenas de Real Madrid (36) e Barcelona (35). Nenhuma equipe finalizou mais vezes no alvo do que os bascos (99).

Por falar em gols, Alexander Sorloth, companheiro de Erling Haaland na seleção norueguesa, é uma das principais armas, com oito gols marcados, sendo o terceiro artilheiro da competição, atrás apenas de Robert Lewandowski (13) e Joselu (dez).  Diante do Rayo Vallecano, o centroavante chegou à marca de cinco rodadas seguidas fazendo gol no Campeonato Espanhol.

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Outro ponto que merece ser destacado é o fato de a Real Sociedad ter jogado nesta temporada praticamente sem contar com seu principal jogador. Mikel Oyarzabal rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo em março e só voltou a atuar no fim de dezembro – ele esteve em campo nas últimas seis partidas, sendo titular apenas uma vez.

Além do camisa 10, o time não tem contado com Umar Sadiq, que chegou como substituto do artilheiro Alexander Isak e sofreu uma lesão grave em sua terceira partida pelo clube. Foi neste contexto que Sorloth aproveitou sua oportunidade.

Na ausência de Sadiq e Oyarzabal, que inclusive perdeu a Copa do Mundo, a equipe vê Mikel Merino ser o garçom de LaLiga com sete assistências até o momento, além de um reforço ter um impacto enorme. Brais Mendez veio do Celta no meio de 2022 e tem dez gols e sete assistências em 27 jogos na temporada, sendo o líder do elenco em participações diretas em gol em todas as competições. Ele ainda soma 49 chances criadas, 21 a mais do que qualquer outro nome.

Campeão da Copa do Rei em 2020-21 e sempre terminando entre os seis primeiros nas últimas três edições de LaLiga, a Real Sociedad está cada vez mais consolidada como uma das principais equipes do país. Em 2022-23, tem uma grande chance de conseguir ao menos um terceiro lugar em LaLiga, o que representaria sua segunda melhor campanha no século, atrás apenas do vice em 2002-03.

 Alexander Sorloth comemora após marcar pela Real Sociedad
Alexander Sorloth comemora após marcar pela Real Sociedad Angel Martinez/Getty Images

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Arsenal e Napoli: fim de semana consolida os times mais agradáveis desta temporada como favoritos em suas ligas

André Donke
André Donke

Não há equipes no mundo que joguem um futebol melhor que Arsenal e Napoli no momento. Eficientes e envolventes, os dois times apresentam uma regularidade impressionante e já deixaram para trás a dúvida sobre se manteriam o mesmo ritmo após a pausa para a Copa do Mundo.

Na Premier League vencida pelo Manchester City em quatro das últimas cinco edições, os Gunners vão para a última rodada do turno tendo somado 47 dos 54 pontos disputados. A desconfiança sobre os resultados do time em duelos Big 6 acabou desconstruída nesta edição: são quatro vitórias em cinco confrontos deste nível. O último deles foi no 2 a 0 sobre o Tottenham fora de casa neste domingo.

É bem verdade que ainda há os dois duelos com o Manchester City a serem feitos e outro contra o ótimo Manchester United de Erik tem Hag, que inclusive venceu os Gunners no primeiro turno, mas a regularidade do time londrino o credencia ao favoritismo do título da Premier League no momento, ainda que o campeonato não tenha chegado à metade.

Arsenal e Napoli lideram Premier League e Série A, respectivamente
Arsenal e Napoli lideram Premier League e Série A, respectivamente Getty Images - Montagem ESPN

Mesmo tendo um elenco mais enxuto que o City, o Arsenal parece contornar os problemas. Um exemplo disso foi como o time manteve o mesmo nível após a lesão de Gabriel Jesus. Martin Odegaard, que faz uma excelente temporada de uma forma geral, subiu ainda mais o sarrafo após a Copa, e Eddie Nketiah tem feito um bom trabalho na ausência do brasileiro.

Vale destacar também que o City, grande time do planeta nos últimos anos, tem apresentado uma oscilação atípica para os padrões de Pep Guardiola, com diferentes nomes abaixo do seu potencial: João Cancelo, Bernardo Silva, Phil Foden...

De acordo com o FiveThirthyEight, site parceiro da ESPN que usa uma série de combinações matemáticas para calcular as probabilidades jogo a jogo e nas competições como um todo, o Arsenal tem 56% de chance de título contra 37% do City. O Manchester United tem apenas 5%. Estes são, a meu ver, os únicos capazes de brigar pela taça no momento.

Odegaard anota golaço, e Arsenal vence o Tottenham fora de casa na Premier League; veja



Já na Itália, a diferença é ainda maior nos cálculos do site: o Napoli tem 80%, contra 9% da Inter de Milão, que é o time que mais se aproxima.  E é bem por aí mesmo, ainda mais após a goleada por 5 a 1 sobre a Juventus na sexta-feira, uma equipe que havia sido vazada apenas sete vezes em 17 jogos nesta edição da liga.

Caso a Velha Senhora tivesse vencido, seria o nono triunfo seguido e faria a diferença para o líder cair para quatro pontos. Agora, o Napoli lidera com nove pontos de vantagem após 18 rodadas, tendo deixado pelo caminho apenas sete pontos. São 44 gols marcados (melhor ataque) e 14 sofridos, mais apenas que os 12 da Juventus.

Se na campanha passada houve uma queda de desempenho de um Napoli que também empolgou, a situação é um tanto diferente na atual campanha, já que a qualidade desse time é maior, assim como a profundidade de seu elenco após uma boa janela de transferências no meio de 2022.

Aliás, por falar em mercado, Khvicha Kvaratskhelia, autor de sete gols e sete assistências na Série A, é possivelmente a melhor contratação da temporada na relação custo-benefício.

Outro ponto importante a curto prazo é que o Napoli pega Salernitana (16º, fora), Spezia (15º, fora), Cremonese (20º, casa), Sassuolo (17º, fora) e Empoli (14º, fora) nos próximos jogos. O único time acima da 14ª colocação nesta sequência é o embate com a Roma, em casa, daqui duas rodadas.

Com a dupla Osimhen e Kvaratskhelia afiada, Napoli goleia a Juventus no Campeonato Italiano; veja os gols


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Bale foi maior do que se imagina e menor do que poderia ter sido

André Donke
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Gareth Bale anunciou nesta segunda-feira a aposentadoria do futebol com apenas 33 anos de idade. Ainda que não tenha sido tão longeva, sua carreira foi impactante por diferentes motivos: a impressionante ascensão no Tottenham, o impacto que teve no Real Madrid (imortalizando o trio BBC), o fato de ter sido o primeiro a cruzar a barreira de 100 milhões de euros em uma transferência, os feitos pelo País de Gales e as polêmicas extracampo no período na Espanha.

O último fator mencionado pode gerar uma visão turva a quem olhar para a trajetória do galês no futebol. Por mais que se possa questionar se ele era um jogador para quebrar o recorde de transferências, é inegável que foi um nome muito grande na história do esporte.

Bale foi decisivo em mais de uma final de Champions League para o Real Madrid, inclusive fazendo gol de voleio em uma delas. Foram 106 gols pelo time pelo qual atuou oito temporadas, sendo que nas últimas duas mais ficou marcado pelas polêmicas e descaso do que pelos minutos em campo.

O meia-atacante pode não ser idolatrado por boa parte da torcida no momento, sobretudo depois que anunciou ao mundo inteiro que o Real Madrid ficava atrás do golfe em sua lista de prioridades, mas isso não o tira do pedestal de uma lenda do principal clube de futebol do mundo. E seu alto nível não foi coisa de uma temporada ou duas, ele ficou entre os 20 melhores do mundo na premiação da Bola de Ouro em 2013, 2014, 2015, 2016 e 2018, tendo sido o sexto colocado em 2016 e o nono em 2013.

Antes, com o Tottenham, ele vira titular ao longo da campanha do time que conseguiu o quarto lugar na Premier League 2009-10, o que representava muito na época, já que foi o melhor resultado dos Spurs desde o terceiro lugar. O desempenho representou a primeira aparição do clube na competição desde a semifinal de 1961-62 na então Copa da Europa, naquela que tinha sido a única participação dos londrinos no torneio.

Bale foi fundamental no início de mudança de patamar que o Tottenham viveu nos últimos 15 anos. Na já citada Champions de 2010-11, ele foi titular na equipe que avançou até as quartas de final, eliminando o poderoso Milan nas oitavas. Curiosamente, o galês ficou marcado naquela competição por uma atuação memorável em uma derrota, quando anotou um hat-trick no 4 a 3 sofrido para a Inter de Milão no Giuseppe Meazza.

Pelos Spurs, o meia-atacante ainda seria eleito, pelos próprios jogadores, o principal nome da Premier League em 2010–11 e 2012–13.

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Quanto ao histórico por seleção, Bale é o atleta com mais partidas (111) e mais gols (41) pela seleção masculina de País de Gales. Além disso, foi determinante na campanha de semifinal da Euro de 2016, justamente a estreia do país na competição. O camisa 11 marcou nos três jogos da fase de grupos e teve como grande vitória coletiva o triunfo sobre a badalada Bélgica nas quartas de final por 3 a 1.

Não bastasse isso, levou sua seleção à Eurocopa seguinte e a classificou para sua segunda Copa do Mundo na história – a outra foi em 1958 – e tendo papel muito destacado. O meia-atacante marcou os gols da vitória por 2 a 0 sobre a Áustria na semifinal dos playoffs e ainda fez o gol da vitória sobre a Ucrânia por 1 a 0 no jogo decisivo pela vaga. Ainda que o desempenho dos galeses no Catar tenha sido ruim, a história já estava escrita.

Mesmo com todos os feitos por onde passou, Bale poderia ter tido uma carreira ainda maior, e escrevo isso com todo o cuidado que se deve ter com escolhas individuais de atletas e de não querer fazer projeções pessoais em terceiros.

Se um jogador decide parar mais cedo, ir para uma liga tecnicamente inferior por interesse financeiro ou até por questões afetivas, acho tudo isso válido e legítimo. Não há certo e errado neste sentido, mas o caso de Bale é diferente. Em mais de uma ocasião ele demonstrou seu interesse de não mudar sua realidade no Real Madrid na reta final de sua passagem ou de ir buscar um desafio diferente, o que só aconteceu no segundo semestre de 2022 ao ir para o Los Angles FC, no qual também escreveu um capítulo importante: foi campeão da MLS e fazendo gol na final. Foi o primeiro título da franquia na liga, logo em sua quinta temporada fazendo parte da competição.

Não questiono a decisão de Bale ter ido aos Estados Unidos ou ter encerrado a carreira aos 33 anos, mas sua reta final de Real Madrid poderia ter sido um período em que escreveria ainda mais páginas no livro de sua carreira, que certamente foi uma dos mais brilhantes desta geração do futebol.

Bale, Benzema e Cristiano Ronaldo
Bale, Benzema e Cristiano Ronaldo Getty Images

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Pedri mais à frente foi decisivo para Barcelona vencer clássico pegado com o Atlético de Madrid

André Donke
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O Barcelona abriu três pontos de vantagem na liderança do Campeonato Espanhol ao vencer o Atlético de Madrid por 1 a 0, fora de casa, neste domingo. O triunfo veio em um clássico equilibrado, em que os catalães tiveram seu poder defensivo muito testado, tanto que os mandantes terminaram com o dobro de finalizações: 20 a 10.

Não à toa, a dupla de zaga formada por Andreas Christensen e Ronald Araújo teve uma atuação espetacular, com o uruguaio salvando um chute de Griezmann em cima da linha para garantir o 12º jogo sem sofrer gol do Barça nesta edição de LaLiga. São só seis gols sofridos em apenas 16 partidas, a metade do que levou o Villarreal, segunda melhor defesa da competição.

O roteiro do jogo, é verdade, acabou um tanto influenciado pelo gol cedo dos catalães, logo aos 22 minutos do primeiro tempo. A partir dali, o Atlético subiu a marcação e causou dificuldades a um Barça, que terminou a partida com 58,3% de posse e apenas dez finalizações, sua segunda menor marca nesta edição da liga – concluiu nove vezes na vitória sobre o Osasuna por 2 a 1 em novembro.

Ainda que não tenha criado tantas oportunidades e seu maior destaque vai para a defesa, o time azul-grená teve em Pedri alguém importante para a definição do placar.

Pedri em ação pelo Barcelona contra o Atlético de Madrid
Pedri em ação pelo Barcelona contra o Atlético de Madrid David S. Bustamante/Soccrates/Getty Imag

Com a ausência do suspenso Robert Lewandowski, o técnico Xavi optou por colocar Ansu Fati no lugar do polonês e usou Pedri como um atacante pela esquerda. O improvisado meio-campista, porém, não buscava jogadas de linha de fundo ou fazia um movimento em diagonal para a área como um ponta com pé invertido. Seu grande acréscimo nesta função foi abrir o corredor para Alejandro Balde e buscar fortalecer o poder de criação por dentro, recheando o meio de campo diante de um adversário mais fechado.

A escalação de Diego Simeone gerou dúvida sobre se o time jogaria com uma linha de quatro ou de cinco defensores. Em campo, Marcos Llorente estava constantemente aumentando a última linha para dar combate a Balde. Já o lateral-direito/terceiro zagueiro Nahuel Molina ia atrás de Pedri, que na teoria era o ponta esquerda.

O gol do Barça nasce em um momento em que o meio-campista catalão recua, foge da marcação de Molina e consegue construir por dentro, combinando bem com Gavi em uma jogada que terminaria com a conclusão de Dembélé, que ficou com liberdade após Pedri atrair a atenção de três jogadores do Atleti e criar um desequilíbrio na defesa adversária.

Pedri teve uma boa atuação, sendo o líder do jogo em recuperações de bola (dez, assim como Stefan Savic) e o único atleta do Barça a ter criado duas chances de gol no duelo, de acordo com dados do ESPN TruMedia. Mas o ponto principal é o aspecto tático que o jovem ofereceu com a decisão de Xavi de colocá-lo mais à frente no clássico, o que acabou por ser determinante para os catalães vencerem um duelo tão difícil.

Assista ao gol da vitória do Barcelona sobre o Atlético de Madrid:

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'Teria sido melhor ir ver o filme do Pelé': a relação do Rei do Futebol com Chaves bem além da inesquecível fala

André Donke
André Donke

As inúmeras homenagens ao redor do mundo nos últimos dias evidenciaram a enorme dimensão de Pelé além do Brasil, e também do futebol. O Rei do Futebol foi uma celebridade como poucas, e sua influência acabou representada constantemente fora das quatro linhas. Um bom exemplo pode ser encontrado em ‘Chaves’, seriado mexicano muito famoso no Brasil, onde foi transmitido entre 1984 e 2020 pelo SBT.

“Teria sido melhor ir ver o filme do Pelé!”

Não precisa nem ser tão fã do seriado para ter ouvido -  ou até mesmo repetido – a frase, que só existe graças à adaptação da dublagem.

"O Roberto Gómez Bolaños usava muitas figuras públicas do momento do México, usava a história do México, ele fazia muitos trocadilhos, então muitas coisas são referências para o público do México", explica Renan Garcia, apresentador do Vila do Chaves, canal do YouTube com 511 mil inscritos. O veículo, inclusive, fez um vídeo especial sobre a relação entre Chaves e Pelé que você pode conferir AQUI.

Edson Arantes do Nascimento e Roberto Gómez Bolaños
Edson Arantes do Nascimento e Roberto Gómez Bolaños Getty Images - Montagem ESPN

No caso da famosa frase envolvendo Pelé, o filme mencionado na fala original é, na verdade, ‘El Chanfle’, que foi lançado em 1979, tinha a temática de futebol e era o primeiro que contava com todo o elenco do Chespirito (nome pelo qual Bolaños era conhecido). "Então, o episódio do 'Vamos ao Cinema', que aqui para nós é o do filme do Pelé, na verdade é uma propaganda do filme que tinha sido lançado e estava em cartaz nos cinemas”.

"Esse episódio é do começo da temporada de 1979, no Brasil só foi estrear em 1992. Além disso, esse filme não veio para o Brasil, então ninguém saberia o que é 'El Chanfle'", diz Renan, que lembra que na ocasião a figura de Pelé já extrapolava o universo do futebol, tendo feito anteriormente filmes como “Os Trombadinhas” e “Fuga para a Vitória”.

Porém, também há casos de menções a Pelé que estão presentes no roteiro original do seriado. Em mais de um episódio, há a cena de alguém que se levanta após alguma pancada na cabeça e grita imediatamente “é gol de Pelé!”, como se ainda estivesse desnorteado.

“O Pelé já era um astro muito consolidado no México na década de 70. Os episódios mais clássicos do Chaves que conhecemos são de 1973 até 1979, então boa parte deste sucesso veio da Copa de 70, só que quando teve a Copa, o povo do México já era apaixonado pela seleção brasileira, principalmente pelo Pelé. A Copa foi só o carimbo, digamos assim."

Um dos exemplos desta paixão vem do elenco do próprio Chespirito. Carlos Villagrán, conhecido pelo papel de Quico e que foi fotógrafo no Mundial do México, batizou um filho de Edson Carlos Arantes Villagrán do Nascimento Salinas Pelé. Mas este não foi o único, sendo que há também Paulo Cezar Villagrán Salinas, uma homenagem a Paulo Cézar Caju, outro integrante do elenco do tri.

Especialista em Chaves conta que 'Quico' batizou filho em homenagem a Pelé e explica relação do seriado com a Copa de 70

A relação entre Chaves e Pelé, aliás, poderia até ter ido parar no cinema, se dependesse da vontade do Rei do Futebol. Conforme Bolaños contou em entrevista ao apresentadfor Ratinho em 2011, o Atleta do Século quis fazer um filme com ele, o que não aconteceu pelo fato de o ator não querer levar o personagem às telonas. Na entrevista em questão, Chespirito ganhou uma camisa autografada do eterno craque do Santos e se emocionou. “Edson Arantes do Nascimento, Pelé. Muito obrigado. Meu coração é absolutamente seu".

Ainda que a tão conhecida frase sobre o filme do Pelé seja a grande ligação entre dois dos grandes gênios do século 20 da América Latina, ela está longe de ser a única conexão entre ambos.

A história por trás da bola quadrada

Seja por meio de Pelé ou não, a relação do Chaves com o futebol é muito forte. São diferentes episódios com menções na dublagem a Barbiroto, Luís Pereira, Mirandinha e cia.. Mas até um ponto de reflexão já foi colocado por meio de um objeto muito famoso entre os fãs de Chespirito: a bola quadrada de Quico.

O objeto desejado pelo filho de Dona Florinda fazia referência a um termo utilizado há muitas décadas por Fernando Marcos, em uma coluna no jornal Excelsior, na qual ele disse que o nível de futebol praticado por países da América Central e Caribe era tão ruim que parecia que jogavam com uma bola quadrada. O texto do ex-jogador e ex-árbitro mexicano ficou famoso e virou o símbolo de uma soberba do país na questão futebolística.

"Ali é uma autocrítica e uma saída muito brilhante", afirma Renan. "É meio como se ele tivesse colocando os mexicanos para rirem de si mesmo da besteira que foi dita, é mais ou menos isso nessa linha a história da bola quadrada. E acabou virando uma marca do Quico, mas o subtexto disso é muito mais forte do que pegamos no Brasil."

O que Chespirito e Pelé têm em comum? Apresentador do 'Vila do Chaves' reflete a respeito

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Ninguém levou a imagem do Brasil ao mundo como Pelé

André Donke
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29 de dezembro de 2022. O dia em que morreu Pelé, o brasileiro mais famoso da história da humanidade. Ninguém levou tanto o país ao mundo como Edson Arantes do Nascimento.

O país do complexo de vira-lata se transformou no maior campeão mundial. O garoto de 17 anos que brilhou em 1958 no primeiro título mundial mal conseguiu jogar na conquista do bi em 1962, quando ele estava em um dos melhores momentos da carreira, mas fez parte daquela conquista. Por fim, fez do Brasil o primeiro tri com uma seleção que talvez seja a campeã mais memorável da história dos Mundiais.

Pelé é sinônimo de Brasil e de futebol, e ambos também morrem um pouco nesta quinta-feira com a partida do eterno camisa 10 do Santos.

Pelé morreu aos 82 anos
Pelé morreu aos 82 anos Divulgação

Você pode não ser fã e até não gostar dele, mas não pode negar que a simples existência de Pelé mudou a história do Brasil, do futebol, da luta contra o racismo, e isso independe de qualquer posicionamento e atitude que ele tenha tomado ou não. A sua genialidade dentro dos gramados transcendeu e foi muito além das quatro linhas.

A figura do Rei do Futebol dando socos no ar e conquistando o mundo, por clube e seleção, será eterna.

O Brasil e o futebol foram ressignificados após Pelé, algo impossível de ser esquecido aqui ou em qualquer outro lugar do planeta.

Adeus, Pelé: relembre a vida e a carreira do rei do futebol em imagens; assista abaixo

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França x Argentina é a melhor final de Copa do Mundo desde 1998

André Donke
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França e Argentina irão definir qual seleção será campeã da Copa do Mundo pela terceira vez, um grupo que é ocupado por apenas Brasil, Alemanha e Itália – somente até o domingo. A decisão - confirmada após a vitória francesa sobre Marrocos por 2 a 0 nesta quarta-feira - será a melhor do torneio desde 1998.

Há 24 anos, a França de Zinedine Zidane buscava seu primeiro título no Mundial que foi justamente sediado pelo próprio país. O seu adversário era nada menos do que o defensor do título, um Brasil que contava com Ronaldo, o primeiro craque a ocupar o status de superestrela no futebol. Ainda que o Fenômeno não tenha conseguido estar na melhor forma por conta da convulsão sofrida, esse texto se baseia na expectativa pelo jogo da final e não pelo que ocorreu em si em campo.

Desde então, o Brasil alcançou o penta com um time com o próprio Ronaldo e outros nomes brilhantes, como Ronaldinho Gaúcho, Roberto Carlos, Cafu, Rivaldo, entre outros, mas seu adversário era uma Alemanha que estava longe de brilhar e fez uma campanha sem tanto prestígio até a final.

Já o França x Itália não contava com qualquer time muito empolgante, apesar da vitória épica dos italianos na semifinal contra os anfitriões alemães e do fato de ter sido o último jogo da carreira de Zinedine Zidane.

Fernando Prass vê Argentina com desempenho 'um pouco melhor' do que a França e projeta decisão da Copa



Em 2010, Espanha x Holanda teve uma dose enorme de expectativa, pois se tratava de um título inédito. Porém, ao mesmo tempo, isso tirava um pouco do peso da final em si. O time espanhol vivia o ápice de sua história no futebol e era, indiscutivelmente, um grande personagem, mas a Holanda, apesar de qualificada e de ter merecidamente alcançado a decisão, não contava com uma equipe tão brilhante como as da década de 70 ou de 90.

O quarto título mundial da Alemanha veio com um time coletivamente bem sólido e organizado em 2014, uma conquista que simbolizou a reconstrução do futebol do país, mas não tinha uma equipe com tanto apelo para uma decisão. Do outro lado, a Argentina não era tão convincente como a atual e não tinha um Messi voando baixo como em 2022, apesar de ter vencido – de forma bem discutível – o prêmio de melhor jogador do torneio.

Por fim, a decisão de 2018 contou com uma zebra, o que, embora traga uma história particular e muito legal de ser contada, também faz com que o apelo da final seja menor, ainda mais pelo fato de a Croácia ter estado longe de ser uma sensação que jogasse um futebol envolvente.

Agora em 2022, teremos dois jogadores geniais que atuam juntos no PSG se enfrentando. Kylian Mbappé vem se consolidando como uma lenda em Copas do Mundo, sendo que pode ganhar seu segundo título com apenas 23 anos, e em ambos sendo fundamental. Com nove gols no total, é enorme a chance de ele quebrar o recorde de Miroslav Klose (16 gols) como maior artilheiro da história dos Mundiais.

Lionel Messi e Kylian Mbappé ficaram frente a frente na final da Copa do Mundo de 2022
Lionel Messi e Kylian Mbappé ficaram frente a frente na final da Copa do Mundo de 2022 Getty Images - Montagem ESPN

Messi, por sua vez, irá chegar a 26 partidas e deixará para trás Lothar Matthäus como atleta que mais vezes jogou em Copas. Fazendo o melhor Mundial da carreira, tendo marcado em cada uma das três partidas de mata-mata, o camisa 10 é artilheiro (cinco gols) e garçom (três assistências) nesta edição. Além disso, tem o fator de enorme peso de ser a última vez que o astro disputa o torneio.

Indo além das individualidades, a França tenta ser a primeira seleção a ganhar Copas em sequência desde o Brasil em 1958 e 1962, enquanto Didier Deschamps busca igualar o feito do italiano Vittorio Pozzo, o único treinador a ganhar dois Mundiais (1934 e 1938).

Já a Argentina tem o seu time mais equilibrado e consistente desde que Messi estreou no Mundial em 2006 e chegou ao torneio vivendo um ótimo momento – eram 36 jogos de invencibilidade até a derrota para a Arábia Saudita. Aliás, o revés na estreia e todo o drama por ele causado acabaram por engrandecer a trajetória dos argentinos, ainda mais pelo mérito do técnico Lionel Scaloni de mudar seu time e encontrar soluções rapidamente.

Duas das três principais favoritas chegam à decisão jogando bem e passando muita confiança. Conheceremos o quarto tricampeão da história. Messi ou Mbappé irão escrever um feito imenso na história do futebol no domingo. Para mim, não há dúvida de que se trata da final de maior expectativa em 24 anos.

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Na melhor Copa de Messi, Argentina vai à final com mérito enorme de Scaloni

André Donke
André Donke

Lionel Messi foi o nome da vitória sobre a Croácia por 3 a 0 na semifinal da Copa do Mundo, nesta terça-feira (13), chegou a cinco gols no Qatar (um a mais do que fez no Brasil), três assistências (uma a mais do que deu na Rússia) e deixou para trás Gabriel Batistuta como maior artilheiro da história da Argentina em Mundiais – 11 a 10 nos gols.

Os números, na verdade, são apenas mais um argumento para corroborar a ideia de que essa é, sem sombra de dúvidas, a melhor Copa do Mundo de Messi. Mais até do que a de 2014, quando também foi finalista e ganhou (de forma bem discutível) o prêmio de melhor jogador do Mundial.

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O camisa 10 tem sido determinante para uma seleção que se viu combalida após a estreia e renasceu na competição. Do jogador que nunca havia marcado em mata-matas em Copas, Messi foi à redes três vezes nesta edição, um em cada fase, e ainda deu assistências espetaculares contra Holanda e Croácia.

Porém, antes disso, o craque já havia sido determinante para a redenção argentina na Copa do Mundo ao encaminhar a vitória diante do México, um jogo em que havia uma carga psicológica enorme e em que a equipe alviceleste não mostrava um grande desempenho.

E se a Argentina conseguiu essa redenção, muito também se dá pelo mérito de Lionel Scaloni, que soube encontrar soluções rapidamente entre e durante os jogos. O treinador nunca repetiu a escalação de uma partida para outra.

Admito que desconfiei quando Scaloni mudou cinco peças do time que perdeu para a Arábia Saudita para o jogo contra o México. Sim, foi a maior zebra da Copa (considerando apenas o resultado dos 90 minutos), mas era uma equipe que vinha de 36 jogos de invencibilidade. Precisaria de tantas trocas para o time que vinha de um trabalho fantástico? A sequência do Mundial mostrou que o técnico estava corretíssimo.

Scaloni abraça Messi após jogo da Copa do Mundo
Scaloni abraça Messi após jogo da Copa do Mundo Jose Breton/Pics Action/NurPhoto via Get

Mas os acertos de Scaloni não pararam por aí. Enzo Fernández ganhou a titularidade, assim como Julian Alvárez, que desbancou Lautaro Martínez, um dos grandes nomes do elenco. Não houve pudor em fazer mudanças, algo que pode ser decisivo em um torneio de tiro curto.

As alterações, aliás, não se limitaram a jogadores em si. Scaloni espelhou a Holanda ao escalar três zagueiros, e a estratégia foi importante para Molina ganhar liberdade pela direita e aparecer na área para fazer o primeiro gol do jogo das quartas de final.

Já na semi, a formação com quatro meio-campistas (Paredes, Enzo Fernández, De Paul e MacAllister) foi a forma encontrada para tentar neutralizar a grande virtude croata e que foi determinante na busca do empate na prorrogação que depois virou vitória nos pênaltis sobre o Brasil: com Brozovic, Modric e Kovacic controlando o meio de campo.

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Depois de um início de jogo difícil por conta da enorme qualidade do trio de meio-campistas croatas (um roteiro bem similar ao que era o jogo dos croatas contra o Brasil), a Argentina mudou o cenário da partida com Enzo Fernández, talvez o melhor jovem desta Copa. Afinal, o pênalti sofrido por Julian Álvarez veio através de um lançamento espetacular do volante do Benfica, que chegou nesta seleção apenas em setembro.

Já Álvarez, outro nome que ganhou posição na competição, faria os outros dois gols da partida, que também teve uma atuação digna de nota de Nicolás Tagliafico, substituindo de forma brilhante o titular Marcos Acuña.

Perdendo por 2 a 0 no intervalo, os croatas mudaram seu esquema com alterações ofensivas na volta do intervalo e nos primeiros minutos do intervalo, mas Scaloni, mais uma vez, respondeu muito bem colocando Lisandro Martínez na vaga de Paredes aos 17 minutos do segundo tempo, travando qualquer reação da Croácia e fechando o placar com um golaço de Álvarez.

Lionel Messi vive a sua melhor Copa do Mundo, mas a Argentina não chega à final somente sendo carregada por seu astro. Há um conjunto bem estabelecido e um treinador responsável por um ótimo trabalho – antes e durante o Mundial.

Messi brilha, Álvarez marca duas vezes, Argentina faz 3 a 0 na Croácia e está na grande final da Copa do Mundo

 

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Inglaterra se despede da Copa de 2022 nas quartas jogando muito mais do time que foi semi em 2018

André Donke
André Donke

No melhor jogo da Copa do Mundo, a Inglaterra foi superior à França, inclusive mostrando superação após ter saído atrás com apenas 17 minutos de jogo. Porém, apesar de toda dificuldade enfrentada neste sábado, a atual campeã do mundo mostrou ser muito ‘cascuda’ para definir a classificação dentro dos 90 minutos com uma vitória por 2 a 1.

Os ingleses saem com o gosto amargo da frustração de quem sabe que jogou um futebol que o credenciaria a ir mais longe no Mundial. O desempenho inglês no Catar foi muito melhor ao apresentado na Rússia, em que os cruzamentos acabaram sendo determinantes para o retorno à semifinal da Copa após 28 anos.

Mesmo na campanha do vice da Eurocopa no ano passado, a Inglaterra não foi tão sólida como na competição em que acaba de se despedir. Para decidir o título continental contra a Itália em Wembley, o English Team fez uma fase de grupos discreta, inclusive sendo vaiada após empate contra a Escócia. No mata-mata, apenas uma atuação incontestável: o triunfo diante da Alemanha nas oitavas.

Agora, a Inglaterra deixa a Copa causando muito incômodo diante da França, sobretudo no segundo tempo. Os comandados de Gareth Southgate se organizaram muito bem e tiraram o espaço para lances individuais de Kylian Mbappé, algo que foi além do mérito individual de Kyle Walker. No ataque, exigiram três defesas espetaculares de Hugo Lloris e foram envolventes, com Bukayo Saka fazendo uma excelente partida.

Inglaterra e França disputaram as quartas de final da Copa do Mundo
Inglaterra e França disputaram as quartas de final da Copa do Mundo Getty Images

Vale destacar ainda que o treinador inglês soube como melhorar seu time ao longo da competição, depois que um jogo bem ruim no 0 a 0 contra os Estados Unidos frustrou a empolgação com o 6 a 2 diante do Irã na estreia. A entrada de Jordan Henderson na vaga de Mason Mount mudou a configuração de uma Inglaterra, que emplacaria dois placares de 3 a 0 em sequência e bons desempenhos diante de País de Gales e Senegal.

Até mesmo o contestadíssimo Harry Maguire se saiu bem ao longo do Mundial  embora Giroud tenha vencido dele na disputa que acabou selando a classificação francesa. 

O resultado pode ter sido o pior da Era Southgate entre Eurocopa e Copa do Mundo – portanto, sem incluir o recente rebaixamento na Nations League -, mas o desempenho acabou sendo o oposto. Os ingleses se despedem cedo do Mundial, mas com motivos para acreditarem em seu futuro próximo. Mais do que o talento da geração atual, esse time se mostrou pronto para entregar grandes atuações nos maiores jogos.

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Dois brasileiros, craque português e técnico marroquino; este é meu time ideal das oitavas de final

André Donke
André Donke

Com todos os jogos das oitavas de final já disputados na Copa do Mundo, esbocei minha equipe ideal considerando apenas os oito jogos desta fase. Das seleções classificadas à próxima fase, apenas uma não teve qualquer nome citado, a Inglaterra - não que tenha faltado mérito de Harry Kane, Jordan Henderson ou Phil Foden, mas a concorrência foi forte.

Já aviso que a formação acabou ficando bem ofensiva...

Goleiro: Dominik Livakovic (Croácia)

Ainda que Bono tenha brilhado nas penalidades também ao fazer duas defesas contra a Espanha, o croata foi além e fez três intervenções diante dos japoneses, além de ter trabalhado mais ao longo dos 120 minutos. O feito de Bono é mais expressivo, mas a atuação de Livakovic em si teve maior destaque. Menção honrosa também às três excelentes defesas de Alisson diante da Coreia do Sul.

Lateral direita: Denzel Dumfries (Holanda)

Foi a chave para a vitória da Holanda sobre os Estados Unidos por 3 a 1 ao dar duas assistências e ainda anotar o gol que fechou o placar. A sua já conhecida capacidade ofensiva apareceu apenas no quarto jogo dos holandeses na Copa do Mundo, mas veio com tudo. Louis van Gaal soube explorar muito bem os espaços deixados pela equipe adversária pelos lados do campo, e o jogador da Inter de Milão se aproveitou muito bem deste contexto.

Zagueiros: Pepe (Portugal) e Dejan Lovren (Croácia)

Além de defensivamente muito seguros em suas partidas, sobretudo Lovren, os dois foram importantes ofensivamente. O croata deu uma assistência maravilhosa para Ivan Perisic empatar o jogo contra o Japão, enquanto o português deixou sua marca, tornando-se o segundo mais velho na história a fazer um gol na Copa do Mundo, atrás apenas de Roger Milla.

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Lateral esquerda: Raphaël Guerreiro (Portugal)

Os dois laterais portugueses contra a Suíça foram muito bem e fizeram Fernando Santos ganhar pontos após a decisão surpreendente de colocar João Cancelo no banco de reservas. Como Diogo Dalot teve de concorrer com a atuação de gala de Dumfries, apenas Guerreiro ficou com um lugar no time ideal, após ter somado um gol e uma assistência. Daley Blind também poderia estar perfeitamente neste time, mas o fato de ser um português e um holandês é uma forma de equilibrar a grande atuação dos quatro laterais de ambos os países.

Volante: Sofyan Amrabat (Marrocos)

O volante de 26 anos tem sido uma das surpresas desta Copa do Mundo. Peça fundamental na grande força defensiva marroquina, ele ainda é o jogador do primeiro passe na construção das jogadas e foi mais uma vez decisivo em outra atuação sólida da equipe africana. O atleta da Fiorentina somou quatro desarmes (líder no quesito nas oitavas ao lado de outros cinco nomes) e registrou ainda nove bolas recuperadas, ficando atrás apenas do zagueiro Romain Saïss em seu time.

Meias: Lucas Paquetá (Brasil) e Lionel Messi (Argentina)

O brasileiro já tinha ido muito bem contra a Sérvia sendo o homem mais à frente de Casemiro e manteve a escrita diante da Coreia do Sul. Aliás, fez uma atuação ainda melhor, não apenas pelo belíssimo gol anotado, o quarto da seleção, após assistência de Vinicius Jr. Dando muito equilíbrio ao Brasil, Paquetá se movimentou, pisou na área e criou três chances, sendo o líder da seleção no quesito no duelo das oitavas.

Messi, por sua vez, protagonizou uma de suas grandes atuações em Copas do Mundo, ao achar um belo gol com um espaço curto para abrir o placar diante da Austrália. Depois de uma estreia apagada na derrota para a Arábia Saudita, o camisa 10 reconduziu a Argentina no Mundial. Diante dos australianos, o craque criou quatro chances, sendo um dos seis nomes a liderarem a estatística nas oitavas do Mundial.

Torcedores de Marrocos festejam muito e zoam a Espanha: 'Onde está o Morata? No meu bolso!'



Atacantes: Kylian Mbappé (França), Gonçalo Ramos (Portugal) e Vinicius Jr (Brasil).

Mbappé vem sendo o grande desta Copa do Mundo e se isolou na artilharia da competição com cinco gols, após ter balançado as redes da Polônia com dois golaços – isso sem mencionar a excelente assistência para Olivier Giroud abrir o placar. Vini Jr., por sua vez, inaugurou o marcador contra a Coreia do Sul com muita frieza, deu uma assistência de muito recurso técnico para Paquetá e foi insinuante como de praxe pelo lado esquerdo.

Centralizado no ataque aparece o grande nome desta rodada. A escalação de Gonçalo Ramos veio sob muito holofote pelo fato de ele ter ficado com o lugar de Cristiano Ronaldo. Fazendo sua quarta partida pela seleção e a primeira como titular, o atacante do Benfica aproveitou – e muito – a oportunidade ao se tornar o primeiro jogador a marcar três vezes nesta Copa, algo inimaginável para um jogador de 21 anos que só foi chamado pela primeira vez em setembro e só estreou pela seleção em 17 de novembro, uma semana antes da primeira partida de Portugal no Mundial.

Técnico: Walid Regragui (Marrocos)

O técnico assumia Marrocos há três meses e conseguiu, em tão pouco tempo, armar um time bem organizado, sólido defensivamente e com saída rápida para o ataque. Depois de a seleção ter sido líder no grupo com dois semifinalistas de 2018, voltou a ter uma atuação consistente diante da Espanha nestas oitavas de final.  Mesmo com apenas 24,2% de posse de bola, a equipe africana neutralizou o poderoso adversário, até criou mais lances perigosos ao longo dos 120 minutos e protagonizou a única surpresa das oitavas.

Gonçalo Ramos comemora após marcar por Portugal diante da Suíça
Gonçalo Ramos comemora após marcar por Portugal diante da Suíça Getty Images
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Surpresa, decepção e time ideal da fase de grupos: confira pitacos sobre a Copa do Mundo

André Donke
André Donke

Com o fim da fase de grupos da Copa do Mundo, o blog listou alguns destaques, decepções e surpresas da competição até aqui, além de montar uma escalação de nomes que brilharam no Catar.

Grande decepção: Dinamarca

Vindo de um ciclo excelente, com uma semifinal de Eurocopa e um futebol equilibrado e vistoso, a Dinamarca era uma candidata a ir longe no Mundial, ainda mais se terminasse na liderança do grupo da França, um adversário que venceu duas vezes na Nations League recentemente. Porém, não conseguiu mais do que um ponto em uma das chaves mais acessíveis. 

Neutralizada pela Tunísia na estreia, a seleção de Kasper Hjulmand até melhorou na derrota para a França, mas foi um desastre diante da Austrália, demonstrando toda a tensão em um jogo que dependia apenas de si para avançar. 

Ainda que a eliminação de Alemanha e Bélgica sejam mais impactantes, a da Dinamarca é a mais decepcionante. Os alemães ainda entregaram um futebol interessante em alguns momentos, apesar de todos os problemas, e os belgas se despediram com um bom jogo contra a Bélgica. Considerando a dificuldade da chave, a expectativa colocada e o futebol entregado, a equipe escandinava foi a principal decepção deste Mundial.

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Grande surpresa: Japão

A disputa foi acirrada com Marrocos e Austrália, sobretudo com os africanos, que somaram quatro pontos diante de um semifinalista e um finalista do Mundial passado, mas o que o Japão fez ganha um destaque levemente superior. Foram duas vitórias de virada sobre duas gigantes do futebol mundial e demonstrando enorme resiliência.

 A equipe nipônica superou a Espanha com só 18% de posse de bola, enquanto finalizou 12 vezes diante da Alemanha, que teve 74% de posse e vinha embalada por um primeiro tempo espetacular. A derrota para a Costa Rica na segunda rodada poderia ser um golpe enorme no estado anímico do time, ainda mais após sair perdendo para a Espanha na rodada decisiva com apenas 12 minutos, mas o time de Hajime Moriyasu, que pode ser questionado por algumas escalações, conseguiu entregar resultados ainda mais impressionantes do que Marrocos, que até jogou melhor na fase de grupos e também foi líder de uma chave difícil.

Jogadores do Japão comemorando a classificação às oitavas da Copa do Mundo do Qatar após vitória sobre a Espanha
Jogadores do Japão comemorando a classificação às oitavas da Copa do Mundo do Qatar após vitória sobre a Espanha Patrick Smith - FIFA/FIFA via Getty Imag

Craque: Casemiro

Os grandes nomes desta fase foram titulares apenas duas vezes - além do brasileiro, estão também neste grupo Bruno Fernandes e Kylian Mbappé, que até entrou durante a derrota para a Tunísia na terceira rodada. O português (dois gols e duas assistências) e o francês (três gols e uma assistência) lideram a competição em participações diretas em gol na competição ao lado de Álvaro Morata.

Mas o volante demonstrou toda sua capacidade defensiva e ofensiva, sendo muito influente em ambas as vezes que esteve em campo. Com ele, o Brasil não permitiu uma finalização no alvo sequer a adversários qualificados e ainda definiu o difícil triunfo sobre a Suíça com um golaço.

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Melhor jogo: Alemanha 1 x 1 Espanha

O jogo que mais prometia na fase de grupos acabou entregando tudo que dele se esperava. O confronto ganhou contornos dramáticos depois da derrota da Alemanha para o Japão na estreia e deixou os alemães ainda mais pressionados depois que Álvaro Morata abriu o placar. O empate veio no fim com Niclas Füllkrug, que jamais havia sido chamado pela seleção até o Mundial. 

Até houve mais entretenimento no empate por 3 a 3 entre Sérvia e Camarões, mas o duelo entre campeãs mundiais foi um jogo melhor pelo nível mais alto apresentado. 

Jogo mais surpreendente: Argentina 1 x 2 Arábia Saudita

A confiança de uma seleção que estava há 36 jogos invicta foi estremecida depois de uma das maiores zebras da história da fase de grupos da Copa do Mundo. A Argentina ruiu no segundo tempo após ter aberto 1 a 0 no placar e ter tido gols anulados por sua dificuldade em não superar as linhas de impedimento do adversário. Foi a segunda vez na história que a Argentina vencia até o intervalo e concedeu a virada em uma Copa do Mundo - a outra ocasião ocorreu na final de 1930.

A seleção alviceleste viu o surgimento de uma pressão inesperada para um time que esteve a um jogo de empatar o recorde de invencibilidade da Itália, tanto que o começo do jogo contra o México evidenciou essa tensão. Lionel Scaloni, aliás, mudou cinco vezes para o segundo jogo, algo que chama atenção em uma equipe que vinha com uma base tão sólida. Ainda que os bicampeões mundiais tenham conseguido duas vitórias na sequência e confirmaram a liderança da chave, a derrota na estreia fica como o resultado mais surpreendente da fase de grupos de 2022.

Time ideal da fase de grupos: 

Szeczesny (Polônia); Hakimi (Marrocos), Thiago Silva (Brasil), Souttar (Austrália) e Theo Hernández (França); Casemiro (Brasil), Doan (Japão) e Bruno Fernandes (Portugal); Mbappé (França), Kane (Inglaterra) e Ziyech (Marrocos)

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