Sábado será dia de sofrimento extra para a família Brownhill
A Premier League está de volta. A rodada começa no sábado com sete jogos, passa por mais dois no domingo e segunda será dia derby londrino de um jogo que pode carregar o apelido de Patrick Vieira Derby.
Pensando em ponta de tabela, o sábado já amanhecerá quente. O Liverpool, que já pode sonhar com a liderança, receberá o desesperado Watford, em sua já tradicional contra o rebaixamento. Será mais um dos muitos encontros entre Roy Hodgson e seu antigo clube. O sábado ainda será dia de ver o líder Manchester City, fora de casa, contra outro desesperado. O Burnley até ameaçou uma reação quando bateu Brighton e Tottenham, mas já são três derrotas consecutivas e a luta para escapar da zona de rebaixamento continua.
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Sean Dyche, há uma década no clube, já caiu para a segunda divisão uma vez. Caiu, voltou e conseguiu até mesmo disputar uma Liga Europa com o Burnley, mas a atual temporada tem sido muito desafiadora e a tal reação precisa ser alcançada. O jogo já tem um cenário antes de a bola rolar e os números deixam tudo muito claro. O lado visitante, que luta pelo título, tem amor pelo ataque e pela posse da bola. São 18,5 finalizações por jogo e 68% de posse de bola. Do outro lado, o Burnley finaliza 10 vezes por jogo e tem 39% de posse. Para vencer, Josh Brownhill vai ser bastante exigido e vai precisar estar em um dia muito especial.
Bronwhill participou de 24 dos 27 jogos do Burnley e foi titular em 22. O empenho na marcação e o posicionamento são características marcantes do futebol dele desde os tempos de Preston North End e do Bristol - onde até mesmo gols ele marcou. A curiosidade é que Josh Brownhill fez base no Manchester United e naquela época o menino e ele torce, e não é pouco, pelo Manchester City. Não só ele.
Filho de Gary Brownhill, que jogou na base do City, Josh Brownhill e seus irmãos Lewis e Joel nunca esconderam o clube do coração e foi na casa deles, ainda na infância, que Josh, o filho mais novo, aprendeu a lidar com a necessidade de lutar pela bola e de ser firme nos enfrentamentos. A família, ainda que constrangida, torceu por ele quando o menino esteve na base do Manchester United. Hoje, os irmãos e o pai, gostam de lembrar que Brownhill, quando tinha 11 anos, escreveu um poema para Wayne Rooney. Com o perdão que a tradução merece, aqui vão as linhas escritas para o atacante que brilhou no United, Everton e na seleção:
“Eu gostaria de ser como ele. Eu teria um sorriso permanente. Sua vida é tão notável. E ele mantém o ritmo. Eu gostaria que fosse eu. Um dia talvez veremos.”
Já na sua terceira disputa de Premier League pelo clube, o meia teve ótimos números em interceptações na temporada passada. Foram 69 no total, apenas Bednarek, zagueiro do Southampton conseguiu mais.
Josh Brownhill tem se destacado também fora de campo. Preocupado com a comunidade próxima de sua casa, do estádio e do centro de treinamentos do Burnley, o meia fez uma série em suas redes sociais incentivando e divulgando o comércio local. O jogador divulgou restaurante vegano, o lavajato e também o local onde costuma tomar um cafezinho. Simples atitudes que podem ajudar quem sofreu com os efeitos da pandemia. Brownhill mostra que suas qualidades de campo podem ajudar a melhorar a vida das pessoas de sua comunidade.
Sábado será dia de sofrimento extra para a família Brownhill
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