O São Paulo dá choque de realidade no Santos. Mas também leva
O Santos andava todo animado, depois de apenas três rodadas, porque aparecia no topo do Brasileirão. Um começo pra lá de surpreendente e que dava ânimo para um grupo que há muito vive alguns atropelos. Mas eis que vem o encerramento da programação de fim de semana e… derrota para o São Paulo por 2 a 1 e a volta à realidade de um time que tende a ser, de novo, coadjuvante na Série A.
Claro que seria doideira cravar o destino de qualquer equipe neste momento, com 90 e tantos por cento ainda de competição para disputar. No entanto, alguns traços sobressaem. No caso do Santos, outra vez fica evidente que tem limitações no elenco e que o técnico Bustos terá dificuldade semelhante à de muitos de seus antecessores, ou seja, ter uma base titular forte e boas opções para mudanças.
O Santos, hoje, é homogêneo, mas para baixo. Para se ter uma ideia, as esperanças se concentram no jovem Ângelo, com talento e imaturo (pela pouca idade), e nos milagres de João Paulo, no gol. O rapaz em geral pega muito, gasta o uniforme a cada partida; porém, é pouco para tornar o time altamente competitivo. O restante é um bocado de jogadores medianos, com altos e baixos no desempenho. O duelo contra o Tricolor, na noite desta segunda-feira (2) deixou isso claro.
Veja o gol de Luciano que definiu vitória do São Paulo contra o Santos
Mesmo assim, o Santos também representou um choque de realidade para o São Paulo. A trupe de Rogério Ceni ganhou em outra frente - depois de passar por testes na Sul-Americana e na Copa do Brasil -, mas mostrou que tem dificuldade diante de adversários que fazem marcação um pouco mais forte e têm boa arrancada para contragolpes. E o Santos é veloz nesse quesito, apesar de lhe faltar qualidade em finalizações. Caso contrário, teria dado mais calor no Morumbi…
Rogério continua a mesclar o máximo que pode, e com isso embaralha toda tentativa de se afirmar, sem risco de erro, que tem um time titular definido. O que começou hoje parece ser o mais próximo do ideal. Certo mesmo é que a principal arma continua a concentrar-se no “toca no Calleri que é gol”. O argentino é a grande referência no ataque e, embora perca oportunidades, confere com frequência. Não foi diferente no clássico, ao marcar aos 9 minutos do primeiro tempo.
O São Paulo continua a emperrar em construção de jogadas e, também, ao deixar corredores abertos no meio-campo, que expõem a defesa. Brechas que podem ser fatais, diante de adversários com toque mais refinado e melhor pontaria. O que não é caso do Santos. A falha, por exemplo, resultou no gol de empate, marcado por Marcos Leonardo segundos antes do intervalo. Para tranquilizar, só aos 35 do segundo tempo veio a vitória, com o gol de pênalti marcado por Luciano.
O Santos reclamou do árbitro Leandro Vuaden na marcação do pênalti - nem tanto pela falta, que ocorreu mesmo, mas por lateral em favor do São Paulo. Os santistas reclamavam que a bola era deles e não da turma da casa. O jogo, em todo caso, fez vislumbrar o que já apontei aqui em diversas ocasiões: os dois times têm mais fôlego e possibilidade de sucesso em torneios de mata-mata do que no Brasileirão.
O São Paulo dá choque de realidade no Santos. Mas também leva
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